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IGP-M sobe acima do esperado em outubro e atinge 5,59% em 12 meses
O dado veio acima da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de alta de 1,48%
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), também conhecido como inflação do aluguel, subiu 1,52% em outubro, depois de ter avançado 0,62% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 30.
O dado veio acima da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de alta de 1,48%.
Com o resultado de outubro, o índice acumula elevação de 4,20% no ano e de 5,59% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2023, o IGP-M havia apresentado aumento de 0,50% no mês e acumulava queda de 4,57% em 12 meses.
“Além dos efeitos climáticos adversos, houve o impacto da demanda global por commodities. No IPA, os maiores impactos foram registrados nos preços de bovinos, carne bovina e minério de ferro, produtos de exportação que apresentaram um aumento expressivo no volume exportado. No Índice ao Consumidor, a maior contribuição veio da tarifa de eletricidade residencial, consequência da adoção da bandeira tarifária vermelha, patamar 2. Na construção civil, o maior impacto se deve ao aumento expressivo nos preços de materiais, equipamentos e serviços”, afirmou Matheus Dias, economista do FGV Ibre.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,94%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,42%, acima da taxa de 0,33% de setembro e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,67%, acima dos 0,61% de setembro.
Repercussão
“Os números sugerem mais uma vez que o colegiado do Copom não terá outra opção que não subir em 50 pontos base a taxa SELIC na próxima reunião. Que pese que as recentes chuvas podem trazer alívio ao preço da tarifa de energia elétrica e que o preço do petróleo se mantém baixo o que alivia combustível, o fato é que o atual patamar é muito elevado para ancorar as expectativas”, avaliou o economista André Perfeito.